Gastrite: não rima com doçura, mas é uma gastura!    

O estômago é um órgão de suma importância para o ciclo digestivo. Ele é formado por diversos tipos de células com distintas funcionalidades, sendo uma delas, a fabricação de enzimas facilitadoras da digestão. Geralmente, há também a produção de um muco que reveste a parede interna do estômago, protegendo as células do ácido gástrico.

Publicado em 12 de novembro de 2017 por

O estômago é um órgão de suma importância para o ciclo digestivo. Ele é formado por diversos tipos de células com distintas funcionalidades, sendo uma delas, a fabricação de enzimas facilitadoras da digestão. Geralmente, há também a produção de um muco que reveste a parede interna do estômago, protegendo as células do ácido gástrico.

Não há dúvidas acerca da importância do estômago para o bom funcionamento do corpo humano. Logo, é de fundamental importância que sejam adotados hábitos saudáveis que protejam o estômago e evitem complicações, tais como a gastrite, doença que pode ser agravada pela má alimentação e mesmo causada por fatores emocionais – tais como a ansiedade.

Existem três principais tipos de gastrite: crônica, aguda e nervosa. Todas são tratáveis, porém, o paciente deve procurar assistência médica precocemente e seguir à risca o tratamento. São elas:

  1. Crônica

O agente causador da gastrite crônica é a bactéria Helicobacter pylore, que se instala e permanece nos ambientes ácidos e destrói a mucosa que protege o estômago, levando ao quadro. Na maioria dos casos, diagnóstico é obtido através de uma endoscopia.

O problema da gastrite crônica é a dificuldade de identificá-la precocemente, pois ela não aparenta sintomas e o paciente – na maioria das vezes – só descobre quando a doença está em estágio avançado. A gastrite crônica pode ser consequência do contato da mucosa com elementos irritantes e infecções bacterianas virais.

  1. Aguda

Ao contrário da gastrite crônica, a aguda é de fácil identificação, pois sua evolução é rápida. Geralmente, seus agentes causadores são medicamentos, infecções, estresse, má alimentação e outros.

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Em alguns casos, ocorre sangramento interno e dores muito fortes na região do estômago.

  1. Nervosa

O nome já diz tudo: em boa parte das vezes, o agente causador é o próprio nervosismo/ansiedade. A oscilação de humor ocasiona um aumento de ácido no estômago e consequentemente, prejudica a mucosa, criando uma inflamação no órgão.

Causas

O excesso de produção de ácido clorídrico é a causa mais comum da gastrite, sendo que em alguns casos, ela também é ocasionada pela “doença do refluxo”. Outras possíveis causas são:

  • Uso excessivo de remédios: o uso abusivo de medicamentos como Ibuprofeno, Naproxeno ou Aspirinas pode prejudicar a produção da substância que ajuda na proteção do revestimento.
  • Alcoolismo e tabaco: o consumo exagerado de bebidas alcoólicas e tabaco irrita o revestimento estomacal, aumentando, dessa forma, os danos causados pelos sucos gástricos produzidos pelo estômago para a digestão.
  • Bactérias: consumir alimentos contaminados pela bactéria Helicobacter pylori é uma causa comum de gastrite. Outras bactérias e vírus podem levar ao surgimento da doença.
  • Estresse, açúcar em excesso, lesões, traumas, queimaduras, uso de drogas e HVI também entram na lista.

Sintomas

Como dito antes, em alguns casos, a gastrite não exterioriza sintomas. Portanto, fique atento aos mínimos sinais, que no geral, são:

  • Queimação, ardência e azia.
  • Dores ou pontadas no estômago.
  • Desconforto na hora de comer.
  • Inchaço ou dor na região do estômago.
  • Dor de cabeça e mal-estar.
  • Perda de apetite, vômito, náuseas e ânsias
  • Soluços e arrotos.
  • Dores abdominais.
  • Fezes escuras e vômito com sangue.

Prevenção saudável

Uma boa notícia: é fácil prevenir a gastrite. Aqui vai algumas dicas:

Mantenha uma dieta saudável, inclua verduras, legumes e frutas na sua alimentação diariamente. Tenha em mente que é muito importante manter uma alimentação rica em fibras (cereais e frutas), evitando cafeína, álcool, tabaco, drogas e condimentos ácidos muito picantes e sempre tendo em mente a vitalidade de se consumir muitos líquidos. Também vale ressaltar a importância de comer devagar, mastigando bem os alimentos.

Evite consumir alimentos em temperaturas extremas (quente ou gelado), pois isso faz com que a congestão da mucosa gástrica aumente a secreção ácida e retarde o esvaziamento gástrico.

Tratamento natural

Um dos males para quem tem gastrite é o uso excessivo de remédios, sendo que uma boa alternativa é procurar tratamentos e alimentos naturais, tais como:  

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Frutas: laranja lima, banana, maçã, goiaba e mamão.

Verduras e legumes: cebola, alho, abóbora, pimentão, folhas verdes, alcachofra, aspargos, aipo, funcho, gengibre e açafrão.

Carnes: peixe e frango: cozido, refogado ou grelhado.

Chás

  • Chá de maçã e camomila para aliviar a gastrite:

Descasque uma maçã e corte-a em fatias, coloque no fogo junto com 500ml de água, ferva e adicione uma colher de camomila. Após alguns minutos, desligue o fogo e deixe repousar. Coe e tome diariamente, de preferência, nas manhãs.

  • Chá de mel:

Em uma panela, coloque 250 ml de água e duas colheres de mel, misturando bem. Quando a mistura começar a ferver, tire, deixe repousar e beba todas as manhãs.

Suco

  • Suco de batata-inglesa:

Descasque uma batata-inglesa, rale e depois esprema até sair o caldo. Beba uma colher em jejum ou 30 minutos antes das refeições.  

Nota: vale destacar que os tratamentos aqui informados NÃO substituem o acompanhamento médico e mulheres grávidas devem tomar cuidado redobrado antes de ingerir qualquer tipo de substância. Consulte um especialista. 

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