Abordagem Natural: carne – comer ou não comer?

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Publicado em 2 de julho de 2020 por

Na visão de mundo do mago, não há discriminação por espécies biológicas. De acordo com a cosmovisão xamânica, tudo o que é produto da criação da natureza é vivo: não são apenas animais e pessoas, mas também as plantas, a própria terra, a água e o ar.

Visão  xamânica

Assim como os animais, as plantas possuem um biocampo, um espírito a nível coletivo, com o qual você pode conversar, de forma que ela pode se tornar um talismã, um condutor, etc. Os xamãs sabem disso desde tempos imemoriais e respeitam todas as formas de vida.

Comprovação cientifica

Atualmente, mesmo os cientistas chegaram à conclusão de que as plantas conseguem sentir, estão de bom humor quando a água nutre suas raízes e têm medo e lembram-se daqueles que as prejudicam (Yale, EUA).

As plantas, como os animais, nascem, vivem, comem, lutam por um lugar ao sol (lembre-se dos casos em que uma brotação jovem rompe o asfalto), se multiplica e morre. E na morte elas também se desintegram.

Todos nós sabemos como frutas e ervas podres parecem e cheiram. Os alimentos podres não são mais adequados para alimentos porque estão mortos e podem nos envenenar. Pelo contrário, a carne ainda viva das plantas é muito boa, útil e nutritiva para o nosso corpo.

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Humanismo ou hipocrisia?

O vegetarianismo é humano, reconhecendo apenas o sofrimento dos animais? Se uma pessoa não ouve como grita a grama que come viva, isso não significa que ela não esteja sofrendo.

Considerar que comer animais é difícil e que as plantas são normais, porque não gritam e não fogem, significa seguir o caminho de menor resistência e nada mais. Você se deleita com o pensamento de que está demonstrando misericórdia e fazendo um grande bem. Mas no fim, você ainda come um ser vivo – ele é pequeno e não oferece resistência, mas ainda assim, sente.

Em nosso mundo material, é tão estabelecido quanto conhecido que para que uma vida exista, ela certamente deve absorver outras, caso contrário, ela própria morrerá.

Ciclo da vida

Esse é um processo natural e está fechado na cadeia alimentar (ou seja, a natureza se esforça para manter o equilíbrio – nada se perde e nada é dado assim): a grama consome os nutrientes do solo, e então produz folhas e pequenas sementes consumidas por aves, mamíferos e insetos, que por sua vez, são consumidos por predadores – animais ou humanos – que, quando morrem, voltam à terra para que o ciclo seja reiniciado.

Mesmo que falemos de cremação, o fogo pode até consumir o corpo – ele é o mais insaciável de todos os elementos –, mas as cinzas permanecerão na terra ou na água e retornarão ao ciclo.

O que poderia estar mais próximo do curso natural das coisas do que a própria natureza? Não se divide em bem e mal, apenas em vida e morte: algumas criaturas vivem da vida de outras. E isso é normal. É então que a vida é construída.

Outra questão é em animais com pensamentos e sentimentos altamente organizados, como rigidez, sede de vingança e sangue, desejo de lucro. Aqui falo por certos tipos de pessoas, e suas ações já são um desvio da natureza.

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Como o mago se sente ao comer carne?

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Para esta questão, vamos nos voltar à sabedoria dos povos indígenas, cuja carne é o alimento principal. Todos sabemos o quão glorioso é esse povo por seu espírito rebelde, alta moral e xamãs.

No entanto, quando o índio foi às montanhas para ter uma visão, ele se recusou a comer qualquer tipo de comida. Nesse estado de jejum, as revelações vieram a ele, e ele então viu espíritos e suas mensagens.

Também no exemplo dos xamãs das terras do norte, onde o peixe é o alimento principal. Assim, o xamã (mágico) não se recusa a comer carne, com exceção daqueles dias em que precisa jejuar.

O mago sabe: tudo o que ele come, do pequeno ao grande, está vivo, e a vida de cada espécie é valiosa e a morte é natural. É importante apenas não se desviar da norma e não levar mais do que você realmente precisa.

O devido respeito deve ser dado a tudo aquilo se come!

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