Chakras humanos e seu significado

O conceito de chakras veio a partir dos antigos ensinamentos filosóficos e religiosos indianos e está diretamente ligado ao yoga.

Publicado em 10 de dezembro de 2018 por

O conceito de chakras veio a partir dos antigos ensinamentos filosóficos e religiosos indianos e está diretamente ligado ao yoga. A prática de trabalhar com os chakras é baseada nos mesmos princípios que são praticados no yoga.

O que são chakras


De acordo com os ensinamentos antigos, uma pessoa tem não apenas um corpo material, mas também um corpo sutil de energia, que está conectado com a energia que flui ao nosso redor, em todos os lugares. Esses fluxos são transmitidos para o corpo energético e fora dele através de canais especiais que existem no campo energético humano: os chakras. Eles também servem para conectar o corpo sutil com o corpo físico comum, e trabalhar corretamente em cada chakra ajuda a normalizar os fluxos de energia e a organizar a vida de uma pessoa, preenchendo-a com harmonia.

Algumas pessoas podem ver os chakras para outros, se desejam atrair certas energias e eventos para suas vidas. É possível influenciar os chakras através da meditação, com uma visualização (a imaginação mais clara possível) de sua imagem na parte do corpo que é específica para o chakra correspondente. Na maioria das vezes, a aparência dos chakras é descrita como funis rotatórios, redemoinhos de energia, com uma base em um determinado ponto do corpo, em que cada um emite luz de uma certa cor. Através de um chakra, a energia de uma certa qualidade entra e sai do corpo, que é individual para cada chakra. Quanto mais forte e amplo o funil, mais energia passa através dele.

Agir no chakra significa dirigir-se a ele, concentrando-se em uma parte específica de seu corpo, imaginando o canal de energia apropriado e usando um mantra específico para direcionar uma certa energia a ele (cada mantra simples corresponde à energia de um determinado elemento para os cinco primeiros chakras e será descrito abaixo).

Se um ou mais chakras trabalham incorretamente, aparece um desequilíbrio na vida de uma pessoa, ou seja, a harmonia é quebrada, devido a uma escassez ou uma superabundância em uma determinada área da existência.

Diferentes escolas de ioga tântrica, com as mais diferentes direções, formaram muitos sistemas chakrais. Alguns desses sistemas têm 12 e 16 chakras.

Publicidade

Atualmente, o sistema mais comum e popular tem sete chakras, que corresponde a certas partes do corpo, como se fosse conectado um ao outro através do canal vertebral de energia (localizado ao longo da espinha).

Cada um dos chakras é responsável por certas áreas da vida de uma pessoa, seu estado físico emocional, intelectual e espiritual. Quanto mais alto e mais perto da cabeça o chakra estiver localizado, maior será a prioridade da energia intelectual (informação) e espiritual, quanto mais baixo o chakra, mais perto será a energia dela ao estado físico, a simples sobrevivência e o recebimento das energias elementares do dia-a-dia.

Os chakras superiores não podem funcionar corretamente se aparecer um desequilíbrio em um dos chakras que estão em um nível inferior. Assim, como um elevador, a energia das fontes primárias da vida se move para os canais mais elevados da informação.

E vice-versa, todos os canais localizados abaixo do chakra que tem um problema começarão a refletir esse problema ao longo do tempo, cada um introduzindo seu componente negativo na vida da pessoa.


O primeiro chakra

O primeiro chakra é responsável pela energia das forças vitais básicas, garantindo a existência da pessoa com água, comida, segurança, abrigo e roupas. Em geral, é responsável pela sobrevivência e reprodução física. É o chakra principal, o chakra da raiz, pois o bloqueio deste chakra implica uma ameaça à própria existência do indivíduo. Esse chakra é responsável pela conexão de seu dono com a Terra. A falta de água, comida, coisas essenciais está diretamente relacionada ao funcionamento incorreto deste chakra. Se o fluxo de energia é fechado, a pessoa simplesmente não consegue se concentrar em mais nada.

Este chakra é chamado de Muladhara. Durante a visualização, o chakra é imaginado na base da espinha, e acredita-se que tem uma cor vermelha. A energia dele corresponde aos elementos da terra. Os cristais desse chakra são: rubi, obsidiana e granada.

O mantra do elemento terra correspondente a este chakra é o LAM. Repetindo esse mantra durante a visualização, você pode alcançar um aumento no fluxo de energia da Terra através do chakra correspondente.

Para que o Muladhara estivesse em um estado saudável, você precisa determinar por si mesmo um lugar onde seu estado de saúde será mais confortável, principalmente na natureza. Para alguns, esse lugar pode ser as montanhas, para outros o mar ou campo. Às vezes, uma pessoa se sente melhor em uma cidade grande, às vezes numa cidade pequena. Encontrando o melhor lugar para você, tem de visitá-lo com bastante frequência para obter o fluxo necessário de energia vital através do chakra da raiz.

O segundo chakra

Publicidade

Esse chakra é também chamado de chakra latente ou sexual, porque através deste canal há uma troca de energias associada à obtenção de qualquer prazer. A quantidade de energia que passa por ela reflete o quanto uma pessoa desfruta dos processos que ocorrem em sua vida.

Este chakra é chamado de Swashisthana. Quando visualizado, é imaginado na região pélvica. O chakra tem uma cor laranja. A energia dele corresponde aos elementos da água. Os cristais são: âmbar e cornalina.

O mantra do elemento água que correspondente a este chakra é WAM. Repetindo esse mantra durante a visualização, é possível aumentar ou coordenar o fluxo de energia da água através do chakra correspondente. No caso do Swadhisthana é importante regular o fluxo para alcançar o volume correto.

Afinal, com fluxo muito grande, o desejo de prazer pode ofuscar outras áreas da vida e tornar-se ameaçador para a existência. Existe o perigo de desfrutar infinitamente de drogas, álcool, etc. Há muitas tentações que podem sugar toda a energia vital através deste chakra.

Para não perder o controle do recurso vital, é necessário estar atento ao que está acontecendo, controlar o fluxo através do Swadhisthana e quando você sente prazer, estar ciente de cada momento, obtendo a plenitude das sensações com menos custos energéticos, saboreando, assim, cada um dos prazeres.

Este chakra tende a estar em um estado desequilibrado. A qualidade do trabalho de Swadhisthana pode ser verificada pela atitude da pessoa em relação à sua própria atratividade, aparência, presença de sentimentos de ciúme ou inveja. Se a pessoa não sente a necessidade de melhorar sua própria aparência, não tem complexos sobre sua atratividade, não sente inveja ou ciúme, o chakra funciona normalmente, como o primeiro chakra, que fornece energia vital suficiente.

Se um dos canais de energia não funcionar corretamente, o ciúme, a inveja e a insegurança começarão a aparecer: todos eles são manifestações de um desequilíbrio de energia vital recebida e consumida.

O terceiro chakra

Este chakra é responsável pela capacidade de uma pessoa de se conter e se controlar, a autoconfiança e a certeza, a capacidade de fazer escolhas.

Este chakra é chamado de Manipura. É visualizado na região do plexo solar e tem uma cor amarela. A energia dele corresponde aos elementos do fogo. Os cristais são: citrino, turmalina amarela, topázio e âmbar.

O mantra do elemento fogo correspondente a este chakra é o RAM. Repetindo esse mantra durante a visualização, você pode alcançar a regulação do fluxo de energia do fogo através do chakra correspondente.

A energia deste chakra permite que você defenda sua própria opinião, concordando com o que você gosta e negando coisas que você não gosta. A autodisciplina ajuda a manter um equilíbrio de energia. O trabalho correto deste chakra permite que você não sucumba à influência de outras pessoas, fazendo sua própria escolha na vida. Esse chakra dá liberdade a uma pessoa.

Um terceiro chakra desequilibrado permite que a energia vital escape, e a pessoa é privada da oportunidade de fazer sua escolha, o que traz o perigo de cair completamente sob a influência de outra pessoa. O vazamento de energia pode tornar uma pessoa “um vampiro energético”, que tenta compensar a perda à custa de outros.


Na vida, tal pessoa frequentemente faz algo que ela não gosta, ou gasta seu próprio potencial para assegurar a realização dos desejos de outras pessoas. Ela não escuta o seu próprio coração, sentindo-se num “círculo vicioso” ou numa “armadilha energética”.

O trabalho incorreto do Manipura levará a um desejo de alguma compensação, a gastos de energia para obter prazeres do corpo que serão destruidores para o organismo e ao desequilíbrio de energias que fluem através dos canais inferiores.

Para que o chakra funcione adequadamente, é necessário prestar bastante atenção ao autocontrole e à autodisciplina, prestar atenção ao que você sente e fazer sua própria escolha bem ponderada. Se a situação foi longe demais, além da prática do autocontrole e auto-limitação, você terá de corrigir o trabalho dos chacras inferiores: escolher mais seletivamente e mais reservadamente maneiras de sentir prazer (controlar o segundo chakra), encontrar um lugar confortável e passar mais tempo lá, e assim, ir restaurando a energia do chakra da raiz.

O quarto chakra

Esse chakra abre um grupo de chakras que combinam o componente energético e informação-espiritual.

Esse chakra é chamado de Anahata e é responsável pelo amor. É visualizado na zona do coração humano, tendo uma cor verde. Sobre a energia, ela corresponde aos elementos do ar. Os cristais são: quartzo rosa e aventurina.

O mantra do elemento ar correspondente a este chakra é o YAM. Repetindo esse mantra durante a visualização, é possível conseguir a regulação do fluxo de energia do fogo através do chakra correspondente.

De acordo com algumas suposições, o coração é o lugar onde a alma humana reside. Através deste ponto é que flui a energia, que pode conectar as pessoas e se juntar ao fluxo de energia comum com a natureza.

Esse chakra é responsável pela capacidade de compaixão, de cuidar dos outros sem desejo de exigir algo em troca. A atividade do quarto chakra manifesta-se no desejo de fazer o bem sem interesse próprio, sentir a harmonia e a alegria da própria existência, e amar as pessoas ao redor. O poder do quarto chakra atrai outras pessoas com a mesma energia.

O desequilíbrio nesse canal de energia também torna possível cair na influência de outro e a incapacidade de negar o pedido a outra pessoa.

O quinto chakra

Esse chakra faz parte dos chakras superiores, responsáveis pelas energias espirituais e de informação. Essa chakra é responsável pela criatividade, capacidade de criar.

É chamado de Vishuddha e é visualizado no pescoço (chakra da garganta). O chakra tem cor azul celeste. A energia desse chakra corresponde aos elementos do éter. Os cristais são: água-marinha, celestita e crisoprásio.

O mantra do elemento éter correspondente a este chakra é o HAM. Repetindo esse mantra durante a visualização, é possível regular o fluxo de energia do éter através do chakra correspondente.

O trabalho desse chakra está ligado a qualquer criatividade (para si ou para todas as pessoas) e é usado na resolução de problemas complexos, quando aparece uma inspiração ou uma iluminação súbita.

O trabalho incorreto do chakra é determinado pela manifestação da perseverança, pela oposição intencional da sua opinião à de outros, ou por uma certeza da sua “inutilidade”, a falta de interesse dos outros em ouvir sua opinião.

O sexto chakra

O chakra superior. Seu trabalho influencia a imaginação, o grau de fantasia, a realização do significado vital e dos segredos do universo, o terceiro olho.

O chakra é chamado de Ajna e sua visualização é um ponto acima da ponte do nariz na testa. Sua cor é azul. Cristais: turmalina índigo e fluorita.

Esse chakra é despertado em pessoas que procuram conhecer o sentido da existência. O fluxo de energia através dele traz graça, um sentimento de inspiração, afastamento da realidade, o surgimento da intuição e a harmonia completa.

O trabalho harmonioso do sexto chakra é possível para pessoas espiritualmente maduras, capazes de manter uma disciplina criativa.

O sétimo chakra

Sahasrara é o chakra dos chakras. Esse chakra supremo revela a essência Divina a uma pessoa, criando um canal de energia que conecta a pessoa com o Deus. Acredita-se que as pessoas que têm esse chakra despertado nelas são guiadas por leis divinas, existem em sua própria realidade e recebem energia ilimitada.

Visualização: no topo da cabeça ou na parte de trás da cabeça. A cor deste chakra é roxa. Cristal: quartzo transparente.

A maioria das pessoas só consegue sentir a influência deste chakra por um curto período de tempo, após o que elas geralmente mudam radicalmente sua visão de mundo e estilo de vida, fazendo enormes sacrifícios.

Meditação em chakras

Como qualquer meditação, ela requer equilíbrio e concentração mental. Eles precisam ser sentidos, percebendo a influência de cada chakra aberto na própria vida, para entender quais canais requerem mais atenção.

Durante a meditação, as energias correspondentes dos elementos são normalmente direcionadas para os cinco primeiros chakras: LAM (terra), WAM (água), RAM (fogo), YAM (ar), HAM (éter). Com a devida habilidade e necessidade, os praticantes de yoga, que estão familiarizados com as peculiaridades de trabalhar com os chakras, conseguem mudar as energias. Mas, eles devem sempre manter sua sequência, ou seja, “Terra” está sempre localizada antes, abaixo da “água” e assim por diante.

 

Compartilhe a natureza!

Deixe um comentário